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sexta-feira, 25 de abril de 2014

ITABUNA: MLT PROMOVE ENCONTRO REGIONAL

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Trabalhadores do Movimento de Luta pela Terra (MLT) participaram, nesta terça-feira (22), em Itabuna, de um encontro regional que teve como objetivo discutir temas de interesse da categoria. Um dos principais tópicos debatidos foi a necessidade de ampliação da oferta de assistência técnica aos assentamentos.

Participaram do encontro, realizado na sede da União dos Servidores Municipais de Itabuna (Usemi), no bairro São Caetano, centenas de integrantes do MLT, provenientes dos 26 municípios do Território Litoral Sul. Entre os presentes, estava o vereador itabunense Aldenes Meira (PCdoB), que apoia as bandeiras do Movimento de Luta pela Terra.

“As discussões travadas nesses encontros são fundamentais, já que o MLT precisa fortalecer sua pauta e cobrar compromissos, sobretudo considerando que estamos em um ano eleitoral”, afirma Aldenes .

Dos 38 assentamentos do MLT na Bahia, 21 estão nas regiões do Baixo Sul, Sul e Vale do Rio de Contas. As lideranças do movimento programam outros encontros ainda para este an

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Justiça nega habeas corpus e Babau continua impedido de deixar o país


babau babouO desembargador Jefferson Alves de Assis, do Tribunal de Justiça da Bahia, acaba de negar um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Rosivaldo Ferreira da Silva, vulgo cacique Babau, contra mandado de prisão expedido na última quinta-feira, 17, pela Justiça Estadual de Una, município do sul da Bahia. 

A decisão do desembargador frustra a tentativa do Cimi e da CNBB de levar Babau ao Vaticano para um encontro com o Papa Francisco. A defesa do cacique irá recorrer da decisão.

O mandado de prisão da Justiça de Una foi expedido menos de 24 horas depois de Babau ter recebido o passaporte para sair do Brasil. O mandado tem como motivação o fato do cacique ter se negado a depor em inquérito policial que apura o assassinato do assentado da reforma agrária, Juraci Santana. Babau e outros caciques que lideram a milícia de indigenóides no sul da Bahia são suspeitos de participação no assassinato de Juraci. 

A Delegacia de Polícia Civil de Una pediu apoio à Polícia Federal, que já solicitou a devolução do passaporte, para a prisão de Babau. A passagem de Babau para a Itália já foi emitida, mas o cacique pode ser preso se aparecer no aeroporto de Brasília para o embarque.

Fonte: Questões Indígenas
 
 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Polícia Civil da Bahia lança concurso com 130 vagas

O edital do concurso público para provimento de vagas na carreira de perito do quadro da Polícia Civil da Bahia será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (24). O certame irá ofertar 130 vagas para os cargos de Perito Criminalístico (40), Perito Médico-legal (60), Perito Odonto-legal (10) e Perito Técnico (20), sendo 5% delas reservadas a pessoas com deficiência.
As inscrições devem ser feitas no site da Fundação Carlos Chagas (FCC), organizadora do certame, de 7 de maio a 4 de junho. A taxa é de R$ 150 para os cargos de Perito Criminalístico, Médico-legal e Odonto-legal, e R$ 120 para a função de Perito Técnico.
Para concorrer a uma vaga de Perito Médico-legal, o candidato deve ser bacharel em Medicina. Já o cargo de Perito Odonto-legal, pede diploma em Odontologia. Podem concorrer às demais vagas candidatos com qualquer formação superior, mas é exigida Carteira Nacional de Habilitação (CNH) válida, categoria “B” no mínimo, para a função de Perito Técnico.
As vagas serão distribuídas entre seis regiões: Grande Regional Recôncavo (21 vagas), Grande Regional Chapada (20 vagas), Grande Regional Mata Sul (26 vagas), Grande Regional Nordeste (23 vagas), Grande Regional Oeste (20 vagas) e Grande Regional Planalto (20 vagas). A primeira abrange os municípios de Alagoinhas, Feira de Santana, Santo Antonio de Jesus, Serrinha e Santo Amaro.
Já a segunda região contempla Irecê, Itaberaba, Jacobina e Seabra. A terceira região engloba as cidades de Itabuna, Ilhéus, Teixeira de Freitas, Porto Seguro, Valença e Eunápolis. A quarta região abrange Juazeiro, Paulo Afonso, Senhor do Bonfim e Euclides da Cunha. A penúltima região contempla Barreiras, Santa Maria da Vitória e Bom Jesus da Lapa e a sexta região, as cidades de Vitória da Conquista, Guanambi, Itapetinga, Brumado e Jequié.
Segundo a Secretaria da Administração (Saeb), a remuneração para os cargos de Perito Criminalístico, Médico-legal e Odonto-legal em início de carreira pode chegar a R$ 4.895,61, incluindo vencimento básico, Gratificação de Atividade Jurídica (GAJ) e vantagens relativas à jornada de trabalho de 40 horas semanais. Já para o cargo de Perito Técnico, a remuneração inicial, formada por vencimento, Gratificação de Atividade de Polícia Judiciária (GAPJ) e vantagens para 40 horas, chega a R$ 2.158,51. A jornada mínima para as carreiras é de 30 horas semanais.
A seleção ocorrerá por meio de provas objetivas e discursiva que serão realizadas nas cidades de Feira de Santana, Irecê, Itabuna, Juazeiro, Barreiras e Vitória da Conquista, de acordo com a região para qual o candidato se inscreveu. O edital prevê ainda mais três etapas eliminatórias sob responsabilidade da FCC: teste de aptidão física, exame biomédico e exame psicotécnico, além da avaliação de títulos, de caráter classificatório. Já a investigação social e de conduta pessoal, eliminatória, será feita pela Polícia Civil e pela Saeb.

Governo convoca 595 aprovados do concurso da Polícia Militar da Bahia


Por: Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews) - 23 de Abril de 2014 - 18h23
Na manhã desta quarta-feira (23) foi definido, após reunião na Secretaria Estadual da Administração, que o Governo do Estado convocará até a próxima sexta-feira (25) 595 aprovados na última seleção, em 2012, para a carreira de Polícia Militar da Bahia.


Segundo deputado estadual Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa, para garantir que seja possível aos aprovados a realização dos exames admissionais e o cumprimento de todas as etapas necessárias à formação, o prazo do concurso será prorrogado por mais um ano. O prazo para novas convocações terminaria no próximo dia 19 de junho.


Além do parlamentar, participaram do encontro, o secretário de Administração Edelvino Góes; os representantes dos excedentes da PM do último certame; o coronel da PM Albérico Filho; o tenente coronel Marlon e o major Nery, além de outros representantes do governo.


Na oportunidade, o secretário Edelvino Góes afirmou que os passos dados se caracterizam como um avanço concreto. Segundo ele, “o governo compreende que o espaço de diálogo é uma maneira de aprimorar as políticas públicas”, concluiu.

Com informações e imagens da Assessoria de Imprensa do deputado Zé Neto. 

Morre homem baleado no Santo Antonio


O chapista Luiz Carlos Oliveira Costa (Bigôlo), 42 anos, foi morto a tiros na avenida José Monstans, no bairro Santo Antonio, na tarde desta quarta feira (23).

Bigôlo ainda foi socorrido por um particular, mas chegando na porta do Hospital de Base, não resistiu aos ferimentos.

Segundo informações de testemunhas, homens invadiram a oficina, de propriedade da vítima, e atiraram várias vezes.

Foi o 45º homicídio de 2014 -o 16º de abril. 






terça-feira, 22 de abril de 2014

Voto nulo não invalida eleição, diz Marco Aurélio

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FERNANDO RODRIGUES
da Folha de S.Paulo

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, debelou de vez um mito que circula há meses na internet: o de que as eleições para deputados federais ou estaduais seriam anuladas no caso de mais da metade dos votos serem nulos. Segundo o ministro, não há lei que contenha essa determinação. A regra também inexiste na Constituição.

Marco Aurélio começa pela Constituição: "A Carta manda que o eleito para presidente tenha pelo menos 50% mais um dos votos válidos. Estão excluídos desse cálculo os brancos e os nulos. Mas se, por hipótese, 60% dos votos forem brancos ou nulos, o que não acredito que vá acontecer, os 40% de votos dados aos candidatos serão os válidos. Basta a um dos candidatos obter 20% mais um desses votos para estar eleito".

A Folha quis saber também do ministro se o Código Eleitoral (lei 4.737, de 1965) não respaldaria a tese de que 50% dos votos nulos resultariam na anulação da eleição. Marco Aurélio Mello respondeu de maneira taxativa: "Não". Na realidade, o que tem ocorrido nas correntes que circulam pela internet é uma leitura equivocada do Código Eleitoral e de algumas decisões antigas do TSE, que deixavam margem para dúvida. É que o artigo 224 diz o seguinte: "Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias".

O fato é que a "nulidade" à qual se refere esse artigo 224 do Código Eleitoral é aquela decorrente de fraude, de algum ilícito ou de acidente durante o processo eleitoral. Por exemplo, quando alguém usa documento falso para votar em nome de terceiro, ou quando as urnas se extraviam ou são furtadas. Isso fica claro no parágrafo 2º desse artigo, que determina ao Ministério Público promover "imediatamente a punição dos culpados".

"Quem vota nulo por vontade ou por erro não é culpado de nada nem pode ser punido, até porque o voto é dado de maneira secreta", diz Marco Aurélio.

Para reforçar seu entendimento, ele cita os artigos anteriores ao 224, que tratam também da nulidade dos votos. O artigo 220 diz que existe a anulação se a votação foi "perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral", "em folhas de votação falsas", realizada "em dia, hora, ou local diferentes do designado ou encerrada antes das 17 horas" ou "quando preterida formalidade essencial do sigilo dos sufrágios". Ou seja, nada que esteja relacionado ao voto nulo dado pelo eleitor. O artigo 222 é claro sobre as possibilidades de anulação: "É também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação (...) ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei".

Marco Aurélio também informa que seu entendimento está em linha com o que o TSE já decidiu num julgamento recente, no último dia 17 de agosto. Ao tratar de um caso em que se requeria a anulação de uma eleição municipal em Ipecaetá, na Bahia, o TSE proferiu: "Não se somam (...), para fins de novas eleições, os votos nulos decorrentes de manifestação apolítica do eleitor, no momento do escrutínio, seja ela deliberada ou decorrente de erro".

A decisão sobre esse "recurso especial" pode ser lida no site do TSE, no setor de "inteiro teor", com o número 25.937.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Grupo Bandeirantes é processado por incitar ódio contra povo Tupinambá

Por Redação abril 10, 2014 16:16 Atualizado
Grupo Bandeirantes é processado por incitar ódio contra povo Tupinambá

O processo pede liminarmente o direito de resposta da comunidade Tupinambá às reportagens, alegando intuito de incitar o ódio e deslegitimação da luta dos indígenas pela demarcação de seu território
Por Carolina Fasolo, em CIMI
O Grupo Bandeirantes de Comunicação vai responder a uma ação judicial por ter veiculado, em rede nacional, duas reportagens com conteúdo discriminatório e informações distorcidas sobre os conflitos fundiários no sul da Bahia, responsabilizando caciques do povo Tupinambá de Olivença por toda a sorte de crimes, inclusive a morte de um agricultor, e acusando os indígenas de invadir fazendas, ameaçar e expulsar moradores.
O processo, de autoria da comunidade indígena Serra do Padeiro e do cacique Rosival Ferreira de Jesus, pede liminarmente o direito de resposta da comunidade Tupinambá às reportagens caluniosas, transmitidas pelo Jornal da Band e pelo sistema de radiodifusão do Grupo Bandeirantes com o intuito de incitar o ódio e a violência da sociedade contra o povo Tupinambá de Olivença, e para deslegitimar a luta dos indígenas pela demarcação de seu território, já reconhecido pela Fundação Nacional do Índio (Funai) como de ocupação tradicional.
A Funai publicou em 2009 o relatório circunstanciado, que delimitou a Terra Indígena (TI) Tupinambá de Olivença em cerca de 47 mil hectares, abrangendo partes dos municípios de Buerarema, Una e Ilhéus, sul da Bahia. Porém, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, desobedecendo aos prazos estabelecidos na legislação, ainda não assinou a portaria declaratória, que encaminha o processo demarcatório da TI para as etapas finais.
As reportagens difamatórias foram ao ar nos dias 25 e 26 de fevereiro, logo após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, de suspender as reintegrações de posse em sete áreas localizadas na terra Tupinambá. Sem tratar do contexto da demarcação da terra, o repórter Valteno de Oliveira declara: “Desde que a Funai resolveu criar a área para os índios a violência impera aqui na região. Um bando de caciques armados, liderados por Babau, o mais temido deles, faz o diabo”. A reportagem, levianamente e com informações inventadas, pinta o cacique Babau, da aldeia Serra do Padeiro, como um criminoso foragido da Justiça.  “O paradeiro de Rosival Ferreira de Jesus, o Babau, é desconhecido. Ele responde a oito processos, por estupro, ameaça e destruição do patrimônio público e agora é suspeito, junto com o cacique Cleildo, de ordenar a execução de Juraci (agricultor assassinado)”.
“O Grupo Bandeirantes parece desconhecer ou evitar conhecer o massacre dos Tupinambá ao longo da história, para difundir histórias inventadas: escondendo o verdadeiro conflito e massacre na região, inclusive os mais recentes. Ademais, sem nenhuma prova associa indígenas e, em especial, os caciques, aos crimes mais esdrúxulos, e até mesmo ao crime de estupro, com vistas a incentivar o ódio social por este povo”, consta na ação contra a emissora.
O povo Tupinambá de Olivença tem sofrido com um processo de violência e opressão desde os tempos de colonização. Histórico que as reportagens ignoraram sumariamente. Apenas nos últimos meses, além do agricultor, cinco indígenas foram assassinados dentro de sua terra. Três deles mortos em uma emboscada armada por pistoleiros. Em agosto de 2013, um ônibus que carregava estudantes indígenas foi atacado a tiros quando voltava para a aldeia. De agosto até janeiro de 2014, 28 casas no município de Buerarema – todas de moradores indígenas - foram incendiadas por grupos ligados aos invasores da terra Tupinambá.
Tropas da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal fixaram em 2013 uma base na área indígena, sendo substituídas pelo Exército Brasileiro em março de 2014. Os policiais perseguem, agridem moradores e ameaçam de morte o cacique Babau e seus familiares. Uma carta denúncia relatando as ações violentas da polícia  foi encaminhada à 6ª Câmara do Ministério Público Federal e ao Ministério da Justiça.
Nenhum desses fatos foi noticiado. “Após todos esses anos, ao arrepio da história, o mesmo povo, que vem lutando para não ser dizimado, sofre perseguição midiática, sendo taxado de terrorista, criminoso, assassino e estuprador, como se nota das reportagens aqui questionadas. O judiciário não pode quedar-se inerte ante esse atentado aos direitos dos povos indígenas, muito menos ante as falsas informações injuriosas, caluniosas e de má fé do canal de televisão réu, numa tentativa de jogar a sociedade contra aqueles que foram acossados, perseguidos e mortos em função da gana de não-indígenas pela terra naquela região, historicamente habitada pelo Povo Tupinambá”, reitera a ação.
O Ministério Público Federal também deve intervir nas fases do processo judicial, protocolado na última sexta-feira (4) na Justiça Federal em São Paulo.

Brasil tem 11 das 30 cidades mais violentas do mundo, diz ONU

  • Maceió está na quinta posição da lista da violência, seguida por Fortaleza, na sétima
  • Levantamento aponta 437 mil assassinatos em 2012; do total, 36% ocorreram nas Américas
Marcelo Remigio 
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RIO - O Brasil tem 11 das 30 cidades mais violentas do mundo. Levantamento do Escritório sobre Drogas e Crime das Nações Unidas com base em assassinatos ocorridos no ano de 2012 aponta Maceió como a quinta cidade em homicídios por cada 100 mil habitantes. Fortaleza está na sétima posição e João Pessoa, em nono. A América Latina desbancou a África como a região mais violenta. Já Honduras é hoje o país com maior número de assassinatos por 100 mil habitantes. O índice registrado naquele país aponta para o que os pesquisadores chamam de "situação fora de controle". O segundo país mais violento é a Venezuela, seguido por Belize e El Salvador.
De acordo com a pesquisa da ONU, foram assassinadas 437 mil pessoas em 2012, das quais 36% nas Américas, a maior parte na Central e na do Sul. O Brasil é o país com mais cidades na lista da violência, seguindo pelo México, com seis - ambos são os países mais populosos da América Latina. Venezuela e Colômbia têm três cidades e Honduras e Estados Unidos, duas. Além de Maceió, Fortaleza e João Pessoa, foram listadas pelo levantamento das Nações Unidas Natal (12ª posição); Salvador (13ª); Vitória (14ª); São Luís (15ª); Belém (23ª); Campina Grande (25ª); Goiânia (28ª); e Cuiabá (29ª).
Para os pesquisadores da ONU, o elevado índice de homicídios na América Latina está ligado ao crime organizado e à violência política, que persiste há décadas nos países latinoamericanos. A maior parte das mortes (66%) foram provocadas por armas de fogo. Os cartéis do narcotráfico mexicanos são citados como responsáveis pela violência também em Honduras, El Salvador e Guatemala, países que integram rotas de distribuição de drogas que têm como destino os Estados Unidos. Já na Venezuela, os assassinatos são atribuídos à violência urbana.
Taxas de homicídios acima de 20 por 100 mil habitantes são consideradas pelos especialistas como graves. Em Honduras, são 90,4 homicídios por 100 mil habitantes. Já na Venezuela, a taxa chega a 53,7; em Belize, 44,7; em El Salvador, 41,2; na Guatemala, 39,9; na África do Sul, 31; na Colômbia, 30,8; no Gabão, 28; no Brasil, 25,2; e no México, 21,5. Países em conflitos têm taxas inferiores às da América Latina, como Iraque, no Oriente Médio, onde o índice registrado é de oito para 100 mil habitantes.
As cidades mais violentas do mundo são: San Pedro Sula (Honduras), Caracas (Venezuela), Acapulco (México), Cali (Colômbia), Maceió; Distrito Central (Honduras), Fortaleza; Cidade da Guatemala (Guatemala), João Pessoas, Barquisimeto (Venezuela), Palmira (Colômbia), Natal, Salvador, Vitória, São Luís, Culiacán (México), Guayana (Venezuela), Torreón (México), Kingston (Jamaica), Cidade do Cabo (África do Sul), Chihuahua (México), Victoria (México), Belém, Detroit (Estados Unidos), Campina Grande, Nova Orleans (Estados Unidos), San Salvador (El Salvador), Goiânia, Cuiabá e Nuevo Laredo.
Taxa média de homicídios global é de 6,2 por 100 mil/hab
Segundo o estudo da ONU, cerca de 750 milhões de pessoas vivem em países com as maiores taxas de homicídio do mundo, o que significa que quase metade de todos os homicídios acontece nos países onde moram apenas 11% da população mundial. Europa, Ásia e Oceania, onde estão cerca de 3 bilhões de pessoas, as taxas de homicídios são consideradas relativamente baixas.
A taxa média de homicídios global é de 6,2 por 100 mil habitantes, mas o Sul da África e a América Central registraram mais de quatro vezes esse número, 30 e 26 vítimas por 100 mil habitantes, respectivamente, os números mais altos do mundo. Enquanto isso, com taxas cerca de cinco vezes menores do que a média global, Ásia Oriental, sul da Europa e Europa Ocidental registraram os níveis mais baixos de homicídio em 2012. Ainda de acordo com a pesquisa, os níveis de homicídios no norte da África, na África Oriental e em partes do sul da Ásia estão aumentando em meio à instabilidade social e política. Já a África do Sul apresenta tendência de queda das taxas de homicídio: os assassinatos caíram pela metade, de 64,5 por 100 mil habitantes em 1995 para 31 por 100 mil habitantes em 2012.
Os homicídios ligados ao crime organizado, gangues e facções representam 30% de todos os assassinatos da América, em comparação com menos de 1% na Ásia, Europa e Oceania. Ainda que picos de homicídio estejam muitas vezes ligados a este tipo de violência, a América tem níveis de homicídio cinco a oito vezes maiores do que a Europa e a Ásia desde a década de 1950, aponta a ONU.
Cerca de 80% das vítimas de homicídio são homens, assim como 95% dos autores dos crimes; 15% de todos os assassinatos resultam de violência doméstica e a maioria (70%) das vítimas domésticas são mulheres. Mais da metade das vítimas de homicídios têm menos de 30 anos de idade, com crianças menores de 15 anos de idade representando pouco mais de 8% de todos os homicídios.
ONU confirma dados sobre violência divulgados por ONG mexicana
A pesquisa da ONU confirma dados sobre violência apresentados em levantamento elaborado pela ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal AC divulgado em março deste ano. Segundo a pesquisa mexicana, o Brasil é o país com mais municípios no ranking: 16; e Maceió a quinta cidade mais violenta do mundo. O México aparece em segundo, com nove. Apenas sete cidades da lista não estão na América Latina: quatro dos Estados Unidos (Detroit, Nova Orleans, Baltimore e Saint Louis) e três da África do Sul.
O levantamento leva em conta a taxa de homicídios por grupo de 100 mil habitantes no ano passado. De acordo com a ONG, foram levantados dados disponibilizados pelos governos em suas páginas na internet e consideradas só cidades com mais de 300 mil. Essa foi a quarta edição do ranking. Dos 16 municípios do Brasil no ranking das cidades mais violentas do mundo, seis vão receber jogos da Copa do Mundo: Fortaleza, Natal, Salvador, Manaus, Recife e Belo Horizonte.
As brasileiras da lista mexicana
Maceió (5ª colocada) - 79,76 homicídios por 100 mil habitantes; Fortaleza (7ª) - 72,81; João Pessoa (9ª) - 66,92; Natal (12ª) - 57,62; Salvador (13ª) - 57,51; Vitória (14ª) - 57,39; São Luís (15ª) - 57,04; Belém (16ª) - 48,23; Campina Grande (25ª) - 46; Goiânia (28ª) - 44,56; Cuiabá (29ª) - 43,95; Manaus (31ª) - 42,53; Recife (39ª) - 36,82; Macapá (40ª) - 36,59; Belo Horizonte (44ª) - 34,73 e Aracaju (46ª) - 33,36.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Vamos melhorar a saúde do Brasil! Participe do projeto Caixa-preta


O projeto Caixa-preta da Saúde, lançado pela Associação Médica Brasileira (AMB) em 12/03, já recebeu mais de 900 denúncias na plataforma online (www.caixapretadasaude.org.br). Os dados abaixo, atualizados em 25/03, mostram que a demora é a principal reclamação dos usuários do sistema de saúde público e privado (58%).
As denúncias descartadas são aquelas que não estão de acordo com a política do site, como o envio de simples desabafos e ausência de denúncias, ou ainda por expor a imagem de pessoas físicas/pacientes.
"Em menos de duas semanas com o projeto em funcionamento, estamos superando as expectativas. O desafio agora é mobilizar a população dos estados com menor número de denúncias a utilizarem a plataforma, para ajudar abrir a caixa-preta da saúde no Brasil. Lembrando que é importante o envio de fotos e pequenos vídeos, para reforçar a verdadeira situação da saúde no país", afirma o presidente da AMB, Florentino Cardoso.
CONFIRA O BALANÇO:
TOTAL DE DENÚNCIAS (619) |  DESCARTADAS (302)
Fonte: Associação Médica Brasileira.
Matéria modificada em Qua, 26 de Março de 2014 15:59